POLÍTICA

Um ato de direito | Deputado federal Glauber Braga é recebido no plenarinho da Câmara dos Vereadores de Palmas
O ato compõe a agenda pública do parlamentar que busca apoio junto a voz do povo brasileiro


Imagens - Ewerton Oliveira

Por Ewerton Oliveira
 
No último dia 7 de junho, o deputado federal do PSOL pelo Rio de Janeiro, Glauber Braga, esteve em solo tocantinense. A ocasião fez parte da agenda de atividade política do nobre parlamentar. O Canal63 acompanhou o gestor a partir do desembarque no aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas. Parecia anestesiado, cansado, exausto. Conversou sobre a mobilização nacional em favor da permanência do seu mandato na Câmara Federal. Posteriormente gravou um material audiovisual para pessoas que estão em missão humanitária relacionada à tensão diplomática entre Gaza e Israel.
 
Logo, o parlamentar foi recepcionado por membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Socialismo e Liberdade(PSOL). No caminho a Câmara, um pouco sobre a história da política no Tocantins foi debatida. Por meio do conhecimento de outros profissionais de comunicação, recortes importantes que precisam ser contados para que nunca sejam esquecidos ou apagados foram memorizados. Afinal a política tem além dos cargos, os pacotes de bondades e maldades. 
 
Chegando ao local da agenda política, Glauber, foi ampla e carinhosamente recebido por apoiadores, líderes político-partidários, representantes sindicais e corpo presente do Coletivo SOMOS. A Câmara estava acesa, a cor predominante era a da fome, luta e coragem. Entre abraços, felicitações e fotos, o cenário da recepção se reuniu no plenarinho, onde todos os lugares e espaços foram preenchidos. O parlamentar recebeu uma machadinha do povo Krahô, uma espécie de colar ou guia, um grande símbolo de resistência dos povos indígenas do Estado do Tocantins. O Superintendente do Patrimônio da União no Estado, Edy César, direcionou o presente com energia de proteção ao deputado. 
 
No calor da emoção a fala de uma militante, chamou a atenção sobre representatividade, moral e ética, o embate de ideias é essencial à democracia, entretanto, a falta de respeito não pode minar como estratégia de desequilibrar o adversário. Não pode alguém ser plantado repentinamente em atos públicos, por meio de interesses escusos e bem definidos, para tentar aplicar um discurso contundente de ódio narcisista, baseado em critérios como difamação e calúnia direcionadas a atingir a imagem ilibada de Saudade Braga, genitora do Glauber. "Eu sou Gerusa, sou quilombola, quebradeira de coco babaçu. Deputado, não vou chamar o seu nome porque eu posso errar. Não estudei, mas vou lhe chamar de deputado. Aquele dia que você estava na Câmara Federal, que você defendeu a sua mãe, a honra da sua mãe, todas as mães se sentiram representadas por você. A luta não é fácil, mas ela vai ter que acontecer", declarou.
 
 
A vereadora Thamires Lima do Coletivo SOMOS, esteve ao lado do deputado na mesa de honra e reforçou o apoio da população em prol do mandato de Glauber Braga. "Esse é um mandato popular e nós estamos continuando, resistindo e fazendo história por meio dos movimentos sociais, sindicatos, estudantes, juventude, mulheres, movimento negro, movimento LGBTQIAPN+, entre outros", afirmou a parlamentar.
 
Quando Glauber assumiu a palavra, ao fim do ato, descreveu sobre o contexto do embate entre ele e o integrante do MBL (Gilherme Costenaro), ocorrido em 2024 e que desencadeou a instauração de Processo Ético Disciplinar na Câmara dos Deputados. Transparece segurança em suas palavras, discursos e memórias. Não contou nada diferente das entrevistas e matérias jornalísticas já veiculadas na imprensa nacional. Reiterou a linha argumentativa de perseguição política velada vinda de deputados que defendem o orçamento secreto e direcionamento de emendas parlamentares a partir de interesses e articulação. Os quais foram apontados insistentemente em discursos do Braga na tribuna da Casa de Leis, gerando desdobramentos de peças em inquéritos da Polícia Federal.
 
Para o deputado, ele não foge do problema e muito menos da culpa. Não se escondeu e também não saiu do país. Fez o contrário, greve de fome, caravana em todos os estados brasileiros, procurou apoio e diálogo junto a cidadãos. Uma maneira de expressar força que vem das ruas e não apenas do cargo. Não aceita a possibilidade de cassação do seu mandato, mas não se opõe ao processo ético. Ele faz parte jurídica quanto ao decoro parlamentar. Suspender o seu mandato é uma tentativa de diminuir a voz do povo, o espaço de partidos de esquerda nos debates e decisões que moldam o Brasil no centro do poder. Para ele, o seu opositor foi objeto de manipulação política com o objetivo de fazê-lo chegar a vias de fato. Tudo parte da orquestração de um grupo de parlamentares que defendem os interesses do empresariado e elite burguesa, os quais estavam incomodados com as cobranças pertinentes. A partir disso, viram a brecha e a oportunidade de execução de um plano maquiavélico. "É manter a nossa organização e a nossa luta ativa. Marielle sempre dizia, eu sou porque nós somos. Eu luto porque nós lutamos. Eu não me entrego porque vocês não se entregam", concluiu o deputado Glauber Braga
 

Após denúncia da parte envolvida, o Conselho de Ética do parlamento analisou a acusação mediante aos fatos expostos e recomendou a cassação do mandato, por 13 a cinco votos. A comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara negou o recurso de Braga, dando prosseguimento para que o caso seja submetido ao plenário da Casa. Deste modo, Glauber peregrina pelo país em busca de reverter esta situação por meio do povo, e corre contra o tempo em uma agenda apertada que grita, Glauber Fica!




Galeria de Fotos:



Fale conosco ou participe do nosso grupo no WhatsApp




VEJA TAMBÉM



POLÍTICA  |   13/06/2025 12h25





POLÍTICA  |   08/06/2025 13h12